Rússia frustra tentativa de ataque ucraniano noturno à crucial ponte da Crimeia

A Rússia confirmou na sexta-feira (1º), a interrupção de um atentado noturno à ponte da Crimeia, também chamada ponte de Kerch, que liga a península anexada da Crimeia ao continente russo. A denúncia foi feita pelo Ministério da Defesa russo, que alegou que a agressão veio de forças ucranianas.

O ministério apontou que as forças invasoras utilizaram dois barcos não tripulados carregados de explosivos na tentativa de demolição. Segundo o comunicado oficial, o primeiro “drone marítimo foi detectado em tempo hábil e destruído no Mar Negro”, às 23h15, horário local.

Um segundo ataque, que ocorreu três horas mais tarde, por volta da madrugada de sábado (2), também foi frustrado pelas forças de segurança russas. Além disso, um terceiro ataque de drones marítimos contra a ponte foi impedido e os instrumentos destruídos no Mar Negro, conforme confirmou o Ministério da Defesa às 02h20, horário local.

No decorrer de sexta-feira, a mídia estatal russa, RIA Novosti, divulgou que “o movimento de veículos na ponte está temporariamente restrito”. No entanto, até o momento, a Ucrânia não se pronunciou sobre as alegações de tais investidas.

Este conjunto de tentativas de atentados se dá na sequência do último ataque à ponte realizado em 17 de julho, ocasião em que um oficial de segurança ucraniano assumiu a responsabilidade pela operação. Nesse episódio, de acordo com as autoridades russas, duas pessoas foram mortas e uma ficou ferida.

Com quase 20 quilômetros de extensão, a ponte da Crimeia, a mais longa da Europa, possui uma significativa importância estratégica e simbólica para a Rússia. Este último ataque aconteceu após um ataque semelhante ocorrido em outubro de 2022, quando um caminhão-tanque de combustível explodiu enquanto trafegava pela ponte.

Estes ataques, direcionados à ponte, demonstram a extensão das tensões na região, desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia. As ações confirmam que a situação na península anexada da Crimeia continua a ser um ponto crítico no conflito entre os dois países.