A Governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, planeja determinar à Secretaria de Segurança Pública a convocação de um efetivo recorde para proteger a Esplanada dos Ministérios durante as celebrações de 7 de Setembro. Isso ocorre devido à expectativa de manifestações políticas no Dia da Independência. O plano implica em mobilizar mais de 2.000 policiais militares, 500 policiais civis, além de efetivos do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A estratégia massiva de segurança está sendo denominada pelos integrantes do governo local de “operação de guerra”.
Esse plano contrasta com o pequeno contingente policial presente durante os protestos de 8 de janeiro, quando a Esplanada dos Ministérios foi invadida. Naquele dia, a subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF, a Coronel Cíntia Queiroz de Castro, testemunhou que o efetivo policial estava reduzido a apenas 200 militares. Esse episódio acendeu um alerta e tornou a questão da segurança nos eventos políticos massivos um tópico relevante para as autoridades.
A “operação de guerra” colocará as forças de segurança sob observação criteriosa, sendo o 7 de Setembro um marco teste para a eficácia de tal mobilização inédita. A ação vem em resposta à denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no mês passado, acusando os policiais militares envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A PGR apontou uma suposta contaminação política na PM-DF, questionou o preparo de alguns policiais e citou como negligência a convocação de policiais do batalhão de trânsito para um ato de segurança.