A Fundação Nobel convidou os embaixadores da Rússia e de Belarus para o famoso banquete de premiação do Nobel, um ano após sua exclusão devido à invasão da Ucrânia. O Irã, que também não havia sido convidado no ano passado, também recebeu o convite para a edição deste ano, a ser realizada em dezembro na capital sueca, Estocolmo. A escolha da Fundação visa reforçar a participação, mesmo daqueles que não compartilham os valores do Prêmio Nobel.
Vidar Helgesen, diretor-executivo da Fundação Nobel, explicou em comunicado a decisão de ampliar os convites, considerando o clima de divisão crescente no mundo. Ele ressaltou a importância de fomentar o diálogo entre pontos de vista diferentes, celebrar a importância da ciência livre, da cultura livre e de sociedades livres e pacíficas. Russos e belarussos foram banidos de vários eventos internacionais desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
No entanto, a decisão da Fundação Nobel provocou controvérsia. Um membro sueco do Parlamento Europeu, Karin Karlsbro, criticou duramente a decisão, argumentando que ela estabelece um precedente perigoso. Para Karlsbro, o convite à Rússia, enquanto a guerra na Ucrânia continua, e a inclusão de nações que não subscrevem os valores democráticos podem minar a coesão mundial necessária para apoiar a Ucrânia. A Fundação defende que a sua decisão contribui para evitar uma maior polarização, uma vez que conquistas reconhecidas pelo Prêmio Nobel demandam abertura, interações e diálogo entre pessoas e nações.