O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ordenou que o hospital privado onde o ex-deputado federal Roberto Jefferson está internado forneça informações sobre a capacidade de continuar o tratamento do paciente sem cobrança dentro de 48 horas. Esse tempo também foi designado para que a Secretaria Estadual da Saúde do Rio de Janeiro indique um hospital público adequado para internar o ex-parlamentar, caso o sistema prisional não disponibilize as condições adequadas e seja necessária a transferência do paciente. A decisão veio a público na quinta-feira, 31.
A defesa de Jefferson alegou que vêm sofrendo pressões do departamento jurídico do Hospital Samaritano de Botafogo, onde está internado o ex-deputado. Salientaram que a instituição de saúde privada rejeita a permanência de Jefferson em suas dependências por razões financeiras. De acordo com a defesa, os advogados receberam uma notificação extrajudicial da operadora de plano de saúde contratada por ele, comunicando que o paciente deveria assumir os custos da internação desde o sábado, 26.
A defesa solicitou que nem o plano de saúde e nem o hospital cobrem pela internação, ou que a justiça converta a prisão de Jefferson para o regime domiciliar. Em comunicado, o Hospital Samaritano mencionou que se manifestou formalmente na quarta-feira, 30, sobre a permanência de Roberto Jefferson, confirmando que estão cumprindo integralmente a decisão judicial. A CNN buscou a assessoria do hospital após a nova decisão de Moraes na quinta, 31, mas ainda não obteve uma resposta.