Erros graves em material didático levam ao afastamento de servidores em SP

A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (Seduc-SP) afastou servidores identificados como responsáveis por severos erros no conteúdo didático digital destinado aos alunos da rede estadual de ensino. Dentre as falhas apontadas, destaca-se um equívoco histórico que atribui a Jânio Quadros, enquanto prefeito de São Paulo em 1961, a proibição do uso de biquínis nas praias da cidade, não obstante São Paulo não possua litoral. Ademais, a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, foi erroneamente atribuída a Dom Pedro II, quando, na verdade, foi assinada pela Princesa Isabel.

Por outro lado, o material didático de biologia continha informações equivocadas acerca das doenças de Parkinson e Alzheimer, afirmando que essas poderiam ser transmitidas pela água, através da ingestão de metais pesados, agrotóxicos, medicamentos e produtos químicos em geral. Todavia, os fatores de risco para essas doenças ainda são pouco claros. A hereditariedade é considerada um possível fator de risco, e no caso do Parkinson, alguns estudos indicam que a exposição a toxinas pode favorecer o desenvolvimento da doença.

A Seduc-SP, através de nota, afirmou que o conteúdo é passível de edição e que os erros apontados já foram corrigidos. A pasta acrescentou que a coordenação pedagógica da instituição fortalecerá a equipe de revisão para aprimorar constantemente os recursos didáticos, em plena consonância com o Currículo Paulista. A situação foi divulgada pelo Coletivo Educação em Primeiro Lugar, constituído por deputados estaduais da oposição em São Paulo, que acionou a Defensoria Pública, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado para apurar o caso.