CARACAS, Venezuela – As autoridades venezuelanas negaram os pedidos de defesa para muitos dos indivíduos detidos após as recentes eleições, de acordo com um relatório da organização de direitos humanos Foro Penal. O grupo afirma que mais de 1.000 pessoas foram presas, incluindo 91 menores de idade. Essas prisões ocorreram em todos os 23 estados da Venezuela, com as maiores concentrações em Caracas, Carabobo e Anzoátegui.
O Foro Penal relatou que as detenções fazem parte de uma estratégia mais ampla para suprimir a oposição política e intimidar os cidadãos a participarem dos protestos contra os resultados eleitorais contestados. “A recusa do governo em permitir representação legal para os detidos é uma violação flagrante dos direitos humanos”, disse Alfredo Romero, diretor do Foro Penal.
O governo venezuelano, liderado pelo presidente Nicolás Maduro, tem enfrentado críticas significativas pela forma como conduziu as eleições e pela repressão subsequente ao dissenso. Observadores internacionais e organizações de direitos humanos condenaram as prisões e a negação de direitos legais básicos como táticas para silenciar a oposição.
As detenções ocorrem em meio a um período de tensão política crescente na Venezuela, com protestos generalizados e alegações de fraude eleitoral. A comunidade internacional continua a exigir que o governo venezuelano respeite os princípios democráticos e os direitos humanos.
O relatório do Foro Penal destaca a luta contínua pelas liberdades civis na Venezuela, enquanto muitos cidadãos exigem maior transparência e justiça no processo político.