Caçulinha: A História do Músico que Encantou Gerações e o Significado de Seu Apelido

Hoje, a Capela do Cemitério São Paulo será palco da última homenagem a Caçulinha, um dos músicos mais queridos da televisão brasileira. Aos 83 anos, Caçulinha deixou um legado memorável que atravessou gerações. Nascido em 15 de março de 1940 em São Paulo, ele abandonou os estudos cedo para se dedicar à música, encantando plateias com seu talento ao longo de seis décadas.

Carreira e Contribuições na TV

Caçulinha é indissociavelmente ligado ao “Domingão do Faustão”, programa da TV Globo em que tocou teclado por 26 anos. No palco do programa dominical, ele não era apenas um músico; ele era uma figura querida, quase um membro da família para os telespectadores. Sua morte marca o fim de uma era da televisão brasileira.

Apesar de sua fama no “Domingão do Faustão”, a carreira televisiva de Caçulinha começou muito antes. Em 1965, ele foi contratado com exclusividade pela TV Record para participar do programa “Fino Trato”, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues. Ele também integrou programas como “Esta Noite se Improvisa” e “Bossaudade”.

Origem do Apelido

Caçulinha era filho do sertanejo Mariano da Silva, que formava uma dupla com o irmão Aparecido, chamada Mariano e Caçula. Posteriormente, Mariano formou dupla com o próprio filho, Rubens, e a dupla passou a se chamar “Mariano e Caçulinha”. Assim, o apelido “Caçulinha” foi herdado de seu pai, reforçando a tradição musical da família.

Grandes Momentos Musicais

Durante sua carreira, Caçulinha tocou com uma impressionante lista de astros da música brasileira, incluindo Elis Regina, Jair Rodrigues, Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, João Gilberto, Simonal, Dominguinhos, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Milton Nascimento. Seu talento era reconhecido e apreciado por todos esses grandes nomes, consolidando sua reputação como um dos melhores tecladistas do país.

Legado e Últimas Homenagens

Além de seu talento no teclado, Caçulinha comandou o programa “Caçulinha Entre Amigos” na Bandeirantes durante os anos 1980 e participou do “Perdidos na Noite”. Na TV Globo, ele foi parte fundamental do “Domingão do Faustão” até 2009 e, depois, teve um quadro no programa até ser desligado da emissora em 2014.

Hoje, a Capela do Cemitério São Paulo abre suas portas às 11h para a cerimônia de despedida. O sepultamento acontecerá às 16h no mesmo local, onde familiares, amigos e fãs poderão dar seu último adeus ao músico que tocava os corações do público com suas notas melodiosas.

Caçulinha: Uma Figura Inesquecível

Caçulinha não era apenas um músico; ele era um símbolo de dedicação e paixão pela arte de tocar. Sua trajetória é uma inspiração para muitos jovens músicos que sonham em alcançar o sucesso e o reconhecimento no cenário musical brasileiro. Sua influência ainda será sentida por muitos anos, não apenas por aqueles que tiveram o prazer de trabalhar com ele, mas também pelas futuras gerações que conhecerão sua história.

A contribuição de Caçulinha para a música e a televisão brasileira é inestimável. Sua habilidade de encantar e tocar os corações das pessoas com sua música o torna uma figura inesquecível no cenário cultural do país.