A Polícia Federal (PF) afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se beneficiou de um esquema de fraudes em cartões de vacina contra a Covid-19, conforme revelado em investigações recentes. O esquema, segundo apuração da CNN, operava a partir da Prefeitura de Duque de Caxias (RJ), liderada pelo então prefeito Washington Reis, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde.
Na manhã desta quinta-feira (4), Reis foi alvo de mandado de busca e apreensão na segunda fase da operação Venire, que visa identificar todos os responsáveis e beneficiários do esquema. Em março, a PF já havia indiciado Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, pelo envolvimento no esquema irregular. No entanto, em abril, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, recomendou o aprofundamento das investigações.
Desde maio, a PF tem realizado novas diligências, e a conclusão das investigações deve ser entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda nesta quinta-feira. De acordo com a PF, Bolsonaro ordenou a Cid que inserisse dados falsos de vacinação contra a Covid-19, tanto dele quanto de sua filha, nos sistemas do Ministério da Saúde.
Além de Bolsonaro e Cid, outras 15 pessoas foram indiciadas por participação na fraude dos registros de vacinação. Bolsonaro nega as acusações, e a CNN está tentando contato com o ex-prefeito Washington Reis para obter um posicionamento.
A operação Venire é uma das muitas ações recentes que visam esclarecer possíveis irregularidades cometidas durante a gestão de Bolsonaro, refletindo um esforço contínuo para assegurar a integridade dos sistemas de saúde pública e a confiança na vacinação.