O valor do Plano Safra 2024, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (3), foi considerado insuficiente pelo setor agrícola. Segundo Bruno Lucchi, diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os R$ 400 bilhões destinados à agricultura empresarial, embora representem um aumento de 10% em relação ao ano anterior, não atendem plenamente às demandas do setor.
A CNA havia proposto um total de R$ 570 bilhões para o Plano Safra, englobando R$ 76 bilhões especificamente para a agricultura familiar, através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O montante anunciado ficou R$ 170 bilhões abaixo do solicitado.
Diálogo com o Ministério da Agricultura e Fazenda
Lucchi ressaltou que o diálogo com o Ministério da Agricultura foi positivo, mas destacou a complexidade das negociações, que envolvem também o Ministério da Fazenda. “A negociação é muito complexa, não depende só da agricultura. É uma discussão que precisa ser feita com o Ministério da Fazenda. E, aí, realmente houve essa negociação, onde se chegou num valor que está muito aquém daquilo que o setor demandou”, explicou Lucchi.
Ele apontou ainda que há uma falta de entendimento sobre a importância de um seguro rural robusto, crucial para o desenvolvimento sustentável do setor agrícola.
Impacto do Plano Safra no Setor Agrícola
O anúncio do Plano Safra 2024 gerou debate entre os produtores e representantes do setor agrícola. O aumento de 10% em relação ao ano anterior foi bem recebido, mas considerado insuficiente para atender às necessidades crescentes do setor. A CNA defende que investimentos mais robustos são essenciais para garantir a sustentabilidade e o crescimento da agricultura no Brasil.
O programa WW, que vai ao ar de segunda a sexta-feira às 22h, com edição especial aos domingos, discutiu o tema em profundidade, abordando os desafios e as expectativas do setor agrícola em relação ao novo Plano Safra.