Na quarta-feira, o ministro Paulo Pimenta, encarregado da reconstrução do Rio Grande do Sul, não compareceu à Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre o edital de compra de arroz, conforme convite feito pelo deputado José Medeiros (PL-MT). Sua ausência provocou irritação entre os parlamentares da oposição.
O presidente do colegiado, deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), agora defende a convocação obrigatória de Pimenta para que ele possa explicar detalhes do edital aos membros da comissão. Em justificativa enviada, o ministro alegou que sua ausência se deve à “missão dada pelo presidente Lula” como responsável pela reconstrução do Rio Grande do Sul, o que o impede de atender ao convite neste momento.
Recentemente, o governo decidiu não realizar novos leilões para importação de arroz, após reportagens apontarem irregularidades em transações anteriores. Um pequeno supermercado foi mencionado como responsável por uma transação significativa de 147,3 mil toneladas de arroz, no valor de 736 milhões de reais.
No mês passado, um leilão para importação de 263 mil toneladas de arroz foi cancelado devido a preocupações com a capacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras. Esse episódio levou à necessidade de esclarecimentos por parte de Pimenta sobre o edital em questão.
Apesar dos desafios enfrentados, o governo federal expressou interesse em importar arroz para suprir o mercado brasileiro, o que, aliado à normalização das estradas, contribuiu para a estabilização dos preços do arroz, que retornaram aos níveis normais. O Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 70% da produção nacional de arroz, enfrentou adversidades como chuvas e enchentes que afetaram as lavouras e a logística de distribuição, motivando a decisão de importação do produto.