Em meio a uma investigação levada a cabo pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho foi convocado para depor, aguardando-se ainda o envio de determinados documentos, como contratos, por parte da sua defesa. A CPI está ponderando sobre a possibilidade de requerer a quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-atleta. Ronaldinho, durante o seu depoimento que se prolongou por quase três horas, negou qualquer envolvimento como sócio da empresa 18k, alegando ter apenas celebrado um contrato para a divulgação de um relógio, e que a sua imagem e nome foram utilizados de forma indevida pela referida empresa.
Ronaldinho foi compelido a comparecer perante a sessão na Câmara dos Deputados após um pedido de condução coercitiva e apreensão do seu passaporte, dada a sua ausência em duas convocações anteriores. O ex-jogador foi colocado sob suspeita de envolvimento com a empresa 18k, a qual se acredita ter cometido fraudes em investimentos com criptomoedas, com promessas de altos e rápidos retornos financeiros. Como medida de precaução, o nivel de segurança na sede da CPI foi reforçado nas portas de acesso durante toda a sessão.
O ex-atleta foi convocado para comparecer perante a comissão no dia 22 de agosto. A defesa do jogador apresentou pedidos de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito ao silêncio e, além disso, alegando que não havia recebido notificação para comparecer à comissão. Após a segunda falta de Ronaldinho, a comissão solicitou à Justiça a condução coercitiva e a apreensão do seu passaporte para evitar que ele deixasse o país. Ao comparecer perante a comissão no dia 31 de agosto, o ex-jogador reafirmou que não tinha nenhuma intenção de sair do país e que não havia recebido qualquer notificação da CPI para comparecer às sessões.