Em uma mudança significativa, a equipe do presidente Lula (PT) decidiu retirar parte da proposta que previa a proibição de militares da ativa ocuparem cargos ministeriais. O texto inicial da medida, cujo objetivo era eliminar possível conflito de interesses e garantir a independência das forças armadas, foi alterado e agora restringe-se apenas a impedir a candidatura de militares a cargos eletivos, tanto em âmbito estadual quanto federal.
A alteração do projeto original reconhece a importância de permitir que militares em serviço ativo continuem a exercer funções dentro do governo, como em cargos ministeriais, para alguns, uma estratégia que poderia auxiliar na obtenção de suporte e aprovação para medidas governamentais. A restrição quanto à candidatura, no entanto, ainda mantém a cautela quanto ao envolvimento direto das forças armadas no processo político-eleitoral.
Esta decisão vota ao centro das discussões sobre o papel das forças armadas na política brasileira, com opiniões divididas sobre os benefícios e os riscos dessa participação no governo e no processo eleitoral. A medida, ainda sujeita a análise e aprovação do Congresso, será vigiada de perto por grupos de direitos humanos e organizações da sociedade civil, preocupados com a manutenção da democracia e a transparência política.