Avança processo de cassação do vereador Camilo Cristófaro em São Paulo

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Municipal de São Paulo aprovou, por unanimidade, a legitimidade do processo pedindo a cassação do vereador Camilo Cristófaro (Avante). A decisão tomada pelos nove membros, que seguiram o parecer da Corregedoria e o voto do relator, Professor Toninho Vespoli (PSOL), baseia-se na análise da constitucionalidade, legalidade e teor regimental do processo. A próxima etapa será a votação no Plenário da Câmara Municipal, necessitando do voto de pelo menos 37 dos 55 vereadores para a cassação do mandato de Cristófaro e a suspensão de seus direitos políticos pelos próximos oito anos. A data para essa votação ainda não foi definida.

O caso de Cristófaro começou em maio de 2022, quando ele participou remotamente de uma sessão da CPI dos Aplicativos e, com o microfone aberto, fez um comentário racista. Esse comportamento precipitou sua desfiliação do PSB, partido em que estava filiado na época. Embora ele tenha se desculpado no mesmo dia e posteriormente postado um vídeo assegurando que não era racista, um processo foi aberto no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Embora Cristófaro tenha sido absolvido no âmbito criminal em julho deste ano, o Ministério Público recorreu e o processo ainda está em andamento. Quatro testemunhas foram ouvidas e a questão está atualmente na fase de recursos. Em meio a isso, a Câmara Municipal está seguindo seu próprio caminho, decidindo por unanimidade avançar o processo de cassação de mandato, marcando mais um capítulo desse conturbado episódio.