A Rússia está ponderando a possibilidade de uma “atrocidade deliberada” no acidente aéreo fatal que vitimou Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário Wagner. A informação foi corroborada por Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira. O país, no entanto, rejeitou a participação de autoridades internacionais na investigação do acidente.
A teoria de uma possível ação intencional é apenas uma das muitas que estão sendo levadas em consideração pelos investigadores russos. “Como ainda não há conclusões [da investigação], não posso formular com precisão para vocês [os motivos da queda do avião]. Mas é óbvio que existem diferentes versões, incluindo a versão de, digamos, uma atrocidade deliberada”, declarou Peskov.
Os comentários vêm à tona após uma recusa do Comitê de Aviação Interestadual da Rússia em aceitar a oferta de colaboração para a investigação apresentada pelas autoridades brasileiras e pela Embraer, fabricante da aeronave acidentada. A justificativa para a não aceitação da ajuda internacional, segundo o comitê russo, é que o acidente ocorreu em território russo, tornando uma investigação internacional desnecessária.