Influenciadora Maria Eduarda gera polêmica com método de colar orelhas

Famosa no mundo digital, a influenciadora Maria Eduarda se tornou um dos tópicos mais comentados nas redes sociais depois de compartilhar um vídeo no Instagram em que critica os rumores de um possível relacionamento entre Baco Exu do Blues, com quem diz manter um vínculo livre, e a apresentadora Patrícia Ramos. No entanto, o que mais chamou a atenção dos usuários da plataforma não foram suas declarações contundentes, mas o fato dela grudar as orelhas durante a gravação. Nas imagens, ela mostra detalhadamente como aplica um produto na parte de trás das orelhas, um “método” que teria sido usado para amenizar a aparência de orelhas proeminentes.

Esta técnica de “colar as orelhas”, ensinada e divulgada em diferentes vídeos no aplicativo TikTok, pode trazer consequências nefastas para a saúde, conforme adverte o dermatologista Danilo Talarico. Embora as colas instantâneas à base de cianoacrilato não sejam novas no mercado médico e sejam usadas em alguns tipos de suturas cirúrgicas, a aplicação comercial desse tipo de produto não cumpre com as mesmas práticas de boa saúde, como a esterilidade do produto. “Mesmo que cumprisse, causaria danos consideráveis à região colada. Por exemplo, neste caso em que o produto é usado para reduzir as chamadas ‘orelhas de abano’, em alguns dias a cola se soltará, mas a pele do local estará danificada e extremamente sensível. Com a repetição desse ato, enfrentaremos diversos problemas, como atrofia cicatricial da pele, infecções bacterianas, pequenos vasos sanguíneos inflamados, entre outros”, explica o especialista.

Talarico sugere alternativas mais seguras para colar as orelhas, como a cola para cílios postiços, que não danifica a pele do local. No entanto, o cirurgião plástico Tácito Ferreira lembra que as orelhas proeminentes, uma malformação congênita da cartilagem que compõe a parte externa das orelhas, muitas vezes são motivo de bullying e rejeição social desde a infância. Para ele, o tratamento adequado para essa condição só é realmente efetivo por meio de uma cirurgia. Ferreira alerta que o uso de colas como o cianoacrilato pode causar queimaduras, irritações, e até deformidades nas cartilagens, demandando futuras reconstruções complexas.