A recente ofensiva militar lançada por Israel em Gaza, no início de maio, tem provocado fortes críticas internacionais, inclusive de aliados históricos como o Reino Unido. A intensificação dos bombardeios e ações terrestres já deixou centenas de mortos e levou potências ocidentais a condenar severamente a escalada, exigindo mudanças imediatas na estratégia israelense.
Reino Unido suspende negociações comerciais
O Reino Unido decidiu interromper as negociações para um acordo de livre comércio com Israel devido à escalada da violência em Gaza. David Lammy, secretário britânico de Relações Exteriores, afirmou no Parlamento que não era possível prosseguir com os planos comerciais enquanto a operação militar continuar. Lammy alertou ainda que Israel está ficando isolado de seus parceiros e prejudicando a própria imagem internacional.
Sanções e condenações diplomáticas
Além de suspender as negociações comerciais, o governo britânico do primeiro-ministro Keir Starmer impôs sanções contra colonos israelenses na Cisjordânia. O embaixador israelense também foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a intensificação das ações militares em Gaza. Starmer expressou seu “horror” com a situação, destacando a crescente preocupação internacional com as ações israelenses.
Crescimento da ofensiva e crise humanitária
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo da operação é controlar integralmente a Faixa de Gaza, com 70% da região já considerada zona militarizada. Segundo autoridades palestinas, mais de 500 pessoas morreram devido aos intensos bombardeios dos últimos dez dias. O bloqueio imposto por Israel também provocou uma grave crise humanitária, com meio milhão de palestinos enfrentando fome, segundo a ONU.
Pressão internacional e resposta israelense
Autoridades internacionais exigem o fim do bloqueio a Gaza. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, declarou que “a ajuda humanitária nunca deve ser politizada” e exigiu ações imediatas. França e Canadá ameaçaram tomar medidas concretas contra Israel caso a ofensiva persista. Até mesmo o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, evitou visitar Israel recentemente, sinalizando descontentamento.
Apesar das pressões externas, Israel mantém sua posição. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, defendeu a operação afirmando que ela é fundamental para pressionar o Hamas a negociar um cessar-fogo. A diplomacia israelense ressaltou que nenhuma pressão internacional mudará os objetivos do país em Gaza.