O Supremo Tribunal Federal (STF) aventura-se na preservação da memória nacional através de duas produções poderosas que buscam narrar e contextualizar os eventos traumáticos de janeiro de 2023, quando edifícios-sede dos Três Poderes, incluindo o Palácio do Supremo, foram brutalmente invadidos e depredados. Tratado dentro do tribunal como o “Dia da Infâmia”, esse dia infame será imortalizado e examinado tanto no livro quanto no documentário que serão inaugurados nesta quarta-feira (30). Este gesto visa garantir que esses eventos horripilantes e seus ecos na democracia brasileira sejam lembrados, discutidos e nunca repetidos.
O documentário, intitulado “Democracia Inabalada”, aborda o ataque de maneira sensível e criteriosa, explorando a perplexidade dos ministros da Suprema Corte, servidores e colaboradores do STF que testemunharam o evento em primeira mão. A obra explora, também, a extraordinária recuperação do prédio em um espaço de apenas três semanas e destaca a unidade interna e pública que emergiu da crise em apoio à democracia. Por outro lado, o livro, subdividido em oito capítulos, detalha a jornada desde a invasão até a sessão de abertura do Ano Judiciário com o Plenário reconstituído, mostrando um panorama completo do que ocorreu.
O lançamento pelas mãos da presidente do tribunal, Rosa Weber, ocorrerá às 18h30 no Museu Ministro Sepúlveda Pertence, logo após a sessão plenária da quarta-feira que retomará o julgamento do marco temporal das terras indígenas. O lançamento contará com a presença de outros membros do Poder Judiciário. A versão inédita do documentário será transmitida no domingo, 3 de setembro, às 22h na TV Justiça e a versão digital do livro estará disponível no portal oficial do STF. Com essas duas obras, o tribunal não apenas documenta um período negro da história brasileira, mas também reitera seu compromisso inabalável com a democracia e a justiça.