A cidade de São Paulo voltou a ser palco de uma tragédia familiar chocante. Ruth Floriano, de 30 anos, foi presa neste sábado (26/7) na zona leste da cidade, confessando um crime hediondo: o assassinato e esquartejamento da própria filha de 8 anos. Ruth já tinha um histórico criminal com condenação por tráfico de drogas e havia cumprido uma sentença de cinco anos que começou em 2014, o ano do nascimento da filha assassinada.
Presa anteriormente na Penitenciária Feminina da capital, Ruth foi alocada numa unidade destinada a presas grávidas ou mães de recém-nascidos. Em 2016, quando ainda amamentava, ela recorreu à Defensoria Pública para pedir que estivesse em regime domiciliar, argumentando que a separação entre mãe e bebê que geralmente ocorre por volta dos seis meses de idade de vida no sistema prisional era iminente e prejudicaria o desenvolvimento de sua filha. O pedido, porém, não foi aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), nem pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), e Ruth cumpriu o regime fechado até progredir para o domiciliar. A decisão foi reforçada pelo fato de Ruth ter cometido pelo menos sete faltas disciplinares graves enquanto estava encarcerada.
A filha de Ruth foi encontrada em circunstâncias horrendas, esquartejada e escondida dentro da geladeira da casa da família. Após ser presa, Ruth confessou o crime com duas versões distintas da história – na segunda delas, ela revelou que decidiu matar a filha após usar drogas e não conseguir aceitar a separação com o pai da menina. Ruth será processada por ocultação de cadáver e homicídio contra menor de 14 anos, com pelo menos duas qualificadoras – motivo fútil e sem chance de defesa da vítima.