Canadá reavalia impactos da legalização da maconha após aumento de consumo

Os recentes movimentos de legalização de drogas em alguns países vêm levantando questões sérias sobre os reais impactos desta decisão. Uma visão popular é que a legalização pode combater o lucro das organizações criminosas e o narcotráfico, reduzindo a violência. No entanto, evidências de países como o Canadá, que legalizou o uso recreativo de maconha em 2018, apresentam um panorama complexo e possivelmente preocupante.

Desde a legalização, houve um aumento significativo no número de usuários de maconha no Canadá. Segundo estatísticas, o consumo aumentou entre pessoas com 25 anos ou mais de 13,1% para 15,5%, e entre os homens de 17,5% para 20,3%. As taxas de jovens entre 15 e 24 anos também são altas, e o número de usuários aumentou para 20% em 2021, totalizando cerca de 6,2 milhões. O mercado ilegal de drogas também floresceu, faturando mais de US$ 2,3 bilhões.

Diante deste cenário, o Canadá está repensando sua posição. Em setembro, o governo anunciou que revisará as consequências da legalização de maconha na sociedade, especialmente nos jovens e nas minorias indígenas. A revisão também irá analisar o impacto da legalização na economia e no comércio clandestino. Este exemplo de uma nação reconsiderando sua decisão sobre a legalização das drogas serve como um ponto de reflexão para os demais países, incluindo o Brasil, onde a discussão sobre a legalização das drogas continua em alta. O ex-ministro e deputado federal brasileiro, Osmar Terra, apontou que a legalização levará a um aumento na violência e no número de pessoas com transtornos mentais, além de possíveis impactos negativos na juventude e na vida familiar.