“Comandantes Devem se Posicionar”, Afirma Mourão em Meio a Operação Tempus Veritatis

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) expressou críticas à Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF), realizada nesta quinta-feira, que envolveu militares de alta patente e aliados políticos em uma investigação sobre tentativa de golpe de Estado.

A ação da PF resultou em 33 mandados de busca e apreensão, incluindo os generais da reserva Augusto Heleno e Braga Netto, ambos ex-ministros no governo Bolsonaro. Em seu pronunciamento no plenário do Senado, Mourão destacou a necessidade de posicionamento dos comandantes diante da condução da operação.

“No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes ao largo da Justiça Militar”, afirmou Mourão. Ele destacou que, mesmo diante de ameaças ao Estado Democrático de Direito, é fundamental respeitar os princípios legais e evitar a devassa persecutória.

“Não vivemos em regimes totalitários, mas estamos caminhando para isso”, ressaltou o senador, enfatizando a importância de preservar os valores democráticos. O pronunciamento de Mourão ocorre em um momento de intensa repercussão política e social diante das investigações em andamento.

A Operação Tempus Veritatis investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, envolvendo membros das Forças Armadas e políticos aliados. As ações da PF geraram debates sobre os limites legais e éticos das investigações que envolvem militares e colocam em foco a relação entre as instituições militares e a Justiça Civil.

Mourão concluiu seu discurso reforçando a necessidade de preservação dos princípios democráticos, mesmo em situações de crise. O posicionamento do senador adiciona mais um capítulo às discussões em curso sobre os acontecimentos que envolvem a operação policial.