Apesar das intensas pressões vindas das Forças Armadas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista dos Atos Golpistas está preparando-se para convocar a depor um dos três generais: o ex-ministro da Defesa Freire Gomes, que atuou durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ex-ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira, do governo de Jair Bolsonaro, e Gustavo Henrique Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto. Tem-se notado que os membros da CPI não recuaram na decisão, mesmo diante de um contexto delicado e repleto de tensões.
O inosso das Forças Armadas diante dessa decisão evidencia-se nas falas do general Fernando Soares e Silva, chefe do Estado Maior do Exército, que já mencionou em conversas com membros da CPI que tais depoimentos contribuiriam para “desmoralizar o Exército”. Mesmo com as tentativas de persuasão para que a CPI desistisse da convocação dos ex-ministros e do ex-chefe do Comando Militar, até o momento, a decisão da comissão permanece a mesma.
Um integrante destacado da CPI confirmou que, provavelmente, o general Gustavo Henrique Dutra será convocado para depor, porém, negociações ainda estão em curso. Vale ressaltar que além deles, os generais Augusto Heleno e Braga Neto, próximos ao presidente Jair Bolsonaro, também estão na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito. A apuração da CPI tem o objetivo de elucidar atos golpistas no contexto político atual e garante que apenas um dos dois será convocado para depor.