Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, desde o dia 11 de abril, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou evolução clínica e não precisará passar por novos procedimentos médicos, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira (25). Apesar da melhora, não há previsão de alta.
Após realizar tomografias de tórax e abdômen, a equipe médica descartou intervenções adicionais. Bolsonaro permanece sob cuidados intensivos, com monitoramento contínuo dos sinais vitais e exames laboratoriais.
No dia 13 de abril, o ex-presidente foi submetido a uma cirurgia abdominal — a sexta desde o atentado à faca ocorrido em 2018. Desde então, ele segue em jejum oral e com pausa na nutrição parenteral. Também continua realizando fisioterapia motora e medidas para prevenção de trombose venosa.
Um boletim anterior, divulgado na quinta-feira (24), indicava piora no quadro clínico, incluindo aumento da pressão arterial e alterações hepáticas. Após intervenções médicas, os parâmetros foram controlados, permitindo evolução estável no pós-operatório.
A recomendação da equipe médica é que o ex-presidente não receba visitas. O hospital não informou data prevista para sua saída da UTI.
Intimação judicial durante internação
No dia 24 de abril, Bolsonaro recebeu uma oficial de Justiça enquanto estava hospitalizado. O momento foi registrado em vídeo e publicado nas redes sociais. A intimação está relacionada à ação penal que investiga suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O episódio repercutiu internacionalmente. O jornal britânico The Times destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em março deste ano, que Bolsonaro deve ser julgado por suposta tentativa de derrubar o governo após a derrota eleitoral.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça defendeu a legalidade da entrega do documento dentro da UTI, em razão da necessidade processual de ciência do acusado.