Em uma agenda oficial na noite de segunda-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniram com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro marca o início da visita de Adhanom ao Brasil, com o principal foco sendo o lançamento do “Plano de Eliminação de Doenças Determinadas Socialmente” do Ministério da Saúde.
O lançamento oficial do plano está programado para quarta-feira (7) e visa erradicar doenças que afetam predominantemente populações em situação de vulnerabilidade social, como tuberculose, malária, HIV e hanseníase. A iniciativa reflete o compromisso do governo brasileiro em enfrentar desafios de saúde que impactam diretamente as camadas mais vulneráveis da sociedade.
Em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), estão previstos dois eventos adicionais ao longo da semana em Brasília, abordando detalhes e estratégias do plano. Essas atividades buscam promover uma abordagem abrangente e colaborativa no combate a doenças socialmente determinadas.
A visita do diretor-geral da OMS acontece em um momento preocupante, com o Brasil enfrentando um aumento significativo de casos de dengue. Em resposta a essa situação, o Ministério da Saúde lançou as atividades do Centro de Operações de Emergência (COE) contra a dengue e outras arboviroses no último sábado (3). O COE tem como objetivo coordenar as ações de combate à doença e monitorar o avanço da epidemia.
Os números alarmantes revelam um aumento de 140% no número de mortes causadas pela dengue em menos de 7 dias, chegando a 36 óbitos nesta segunda-feira (5). Na terça-feira passada (30), eram 15 registros, e as notificações continuam a crescer progressivamente, com o último relatório indicando 29 mortes na sexta-feira (2). Em apenas 3 dias, foram registradas mais 7 vítimas fatais da doença, conforme dados do Ministério da Saúde.
A reunião no Palácio do Planalto visa fortalecer parcerias e discutir estratégias conjuntas para enfrentar não apenas a atual epidemia de dengue, mas também os desafios mais amplos relacionados à saúde pública no Brasil.
Com informações da Gazeta Brasil.