A elevação dos níveis dos rios no estado do Amazonas levou 20 municípios a decretarem situação de emergência. No sábado (17), o município de Jutaí passou do estado de alerta para a condição emergencial, conforme informou o Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais do Governo do Amazonas.
Entre os 62 municípios amazonenses, além dos 20 em emergência, três estão em estado de atenção e dois permanecem em situação normal. O restante segue sob monitoramento devido à cheia nas calhas dos rios do estado, cujo pico está previsto entre os meses de março e julho.
Em resposta à situação, o Governo do Amazonas iniciou a Operação Cheia 2025 no dia 16 de abril, com o envio de ajuda humanitária para as áreas afetadas. A ação começou pela calha do rio Madeira, abrangendo inicialmente os municípios de Humaitá, Manicoré e Apuí — os primeiros a declararem emergência.
Até o momento, foram distribuídas:
- 160 toneladas de cestas básicas;
- 600 caixas d’água com capacidade de 500 litros;
- 57 mil copos de água potável;
- 10 kits purificadores do programa Água Boa.
Os insumos atenderam comunidades dos municípios de Manicoré, Apuí, Humaitá, Borba, Boca do Acre e Novo Aripuanã. Parte do material visa suprir residências sem acesso ao abastecimento regular de água.
A Defesa Civil do Estado mantém o acompanhamento contínuo dos níveis dos rios por meio do Centro de Monitoramento e Alerta, responsável pelas análises ao longo de todo o ano. Já o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) prevê que, até o fim de junho, as chuvas estarão acima da média apenas em áreas isoladas de Roraima e Amapá.