Bud Light enfrenta prejuízo de US$ 400 mi após campanha com influenciadora trans

A cervejaria Anheuser-Busch InBev (AB Inbev), proprietária da marca Bud Light, está enfrentando prejuízos de mais de R$1,95 bilhão (US$ 400 milhões) após uma campanha de marketing controversa. A campanha, que envolveu a influenciadora trans Dylan Mulvaney, levou à queda das vendas da Bud Light e a um consequente declínio no valor da empresa na bolsa de valores. Segundo relatórios trimestrais da empresa, a Bud Light perdeu sua posição como a cerveja mais vendida nos Estados Unidos, um título que manteve por duas décadas.

A campanha controversa foi lançada em 1º de abril, com Mulvaney promovendo a cerveja em um vídeo postado nas redes sociais. Dias depois, a Bud Light enfrentou uma perda de US$ 5 milhões na bolsa de valores. Desde então, a venda da cerveja mexicana Modelo Especial superou a da Bud Light, marcando uma mudança significativa no mercado de cervejas dos Estados Unidos. A crise continuou a se agravar, com a Bud Light vendo quedas consecutivas nas vendas em maio, junho e julho.

Para tentar conter a crise, a AB Inbev foi forçada a passar por uma reestruturação que resultou na demissão de quase 400 funcionários, ou cerca de 2% de sua força de trabalho. Tanto o CEO da Anheuser-Busch, Michel Doukeris, rejeitou a parceria com Mulvaney, caracterizando-a como uma simples publicação nas redes sociais. A cervejaria também tentou melhorar sua imagem com novas campanhas de marketing, incluindo uma que homenageava os militares e suas latas com estampa militar. Até o momento, os esforços para reviver a marca têm sido infrutíferos, com as vendas da Bud Light continuando a cair, embora a um ritmo mais lento.