O comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva, pronunciou-se na sexta-feira (25), garantindo que o Exército rejeita qualquer forma de comportamento impróprio entre seus militares. A declaração vem em um momento delicado, no contexto em que vários militares que serviram durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o ex-ajudante de ordem, coronel Mauro Cid, estão sob investigação.
O general Tomás Paiva proferiu suas palavras durante a cerimônia do Dia do Soldado, um dos principais eventos militares do Brasil, realizada no Quartel-General do Exército em Brasília. O evento contou com a presença de personalidades importantes como Geraldo Alckmin, presidente da República em exercício; Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal; Augusto Aras, procurador-geral da República e Juscelino Filho, ministro das Comunicações. Paiva ressaltou a ética e moralidade como virtudes essenciais entre os militares, as quais não vão de encontro a qualquer desvio de conduta.
No início desta semana, Paiva já havia divulgado um boletim interno revelando uma série de medidas destinadas a fortalecer a coesão e valorizar a ‘família militar’. Em seu texto, o general reiterou a postura apartidária do Exército Brasileiro e enfatizou a importância do cumprimento estrito da legalidade e da legitimidade por todos os membros da força militar, destacando que seus direitos e deveres são diferentes dos demais segmentos da sociedade. Essa observação veio à tona em meio a questões latentes sobre o papel do Exército e sua associação com o governo Bolsonaro.