O anúncio da expansão do BRICS, bloco econômico composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, deve ser realizado no encerramento da cúpula em Johannesburgo, segundo informações de fontes do governo. A adesão de novos membros, que inclui Argentina, Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes, bem como possivelmente a Indonésia e o Irã, somente foi possível após os países conseguirem estabelecer critérios para a entrada dos postulantes.
Um desses critérios, que favorece o Brasil, Índia e África do Sul, é o apoio da China para a reforma do Conselho de Segurança da ONU, onde estes três países são candidatos a uma vaga permanente. Além disso, foi decidido nas últimas 48 horas a criação da categoria de “parceiros” do BRICS que terão direito a participar das reuniões, mas não de votar. Os parceiros poderão, após um período experimental a ser definido, tornar-se membros plenos, a fim de gerenciar o fluxo de adesão de novos países ao bloco.
Os cinco novos membros a serem anunciados tiveram o respaldo de todos os governos que compõem atualmente o bloco, com o Brasil apoiando especialmente a Argentina e os Emirados Árabes Unidos. Este anúncio ocorre em meio à campanha eleitoral argentina, onde a entrada do país ao BRICS pode ser vista como uma vitória para o presidente Alberto Fernández. No caso dos Emirados Árabes, apesar de integrarem o Banco do BRICS, ainda não fazem parte do grupo, fato que lhes rendeu directamente o apoio do Brasil para a sua adesão.