A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a absolvição de Geraldo Filipe da Silva, réu dos atos do 8 de janeiro. A PGR informou que Geraldo era morador de rua e apanhou de manifestantes que participaram dos atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes.
Na sexta-feira, 24, o ministro Alexandre de Moraes revogou a prisão de Geraldo e mandou soltá-lo. Trata-se do oitavo réu solto após a morte de Cleriston Pereira da Cunha no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Segundo o subprocurador Carlos Frederico Santos, não há provas suficientes para condenar Geraldo da Silva. “Durante a instrução processual restou demonstrado que o denunciado Geraldo Filipe da Silva não tem nenhum tipo de vínculo com os demais autuados.”
Geraldo foi preso na Esplanada dos Ministérios enquanto era agredido pelos “integrantes da turba golpista”, diz o pedido de absolvição. Durante a investigação, porém, testemunhas afirmaram que o acusado não cometeu os crimes pelos quais foi denunciado. Ele ficou preso por dez meses.
A morte de Cleriston Pereira da Cunha, em 22 de novembro, causou comoção e levou à reavaliação dos casos dos réus presos pelos atos do 8 de janeiro. Moraes determinou que a direção da Papuda envie informações detalhadas sobre o caso. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, lamentou o ocorrido e expressou solidariedade à família.