As Forças de Defesa de Israel (FDI) responderam às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o conflito em Gaza. Em coletiva concedida no sábado (10), antes de deixar Moscou, Lula afirmou que Israel estaria matando mulheres e crianças “a pretexto de matar terroristas”. A declaração gerou reação do Exército israelense, que reforçou seu compromisso com o direito internacional e contestou as acusações.
O major Rafael Rozenszajn, porta-voz das FDI e nascido no Brasil, afirmou que os alvos das operações militares israelenses são exclusivamente militares. Segundo ele, o Hamas utiliza civis como escudos humanos e instala infraestrutura bélica em áreas civis, o que dificulta as ações das forças armadas israelenses.
Rozenszajn também atribuiu a continuidade da guerra à permanência de reféns sob controle do Hamas. No ataque de 7 de outubro, o grupo matou 1.200 pessoas e sequestrou outras 251. Atualmente, 59 reféns ainda permanecem em cativeiro, com estimativa de que 24 estejam vivos.
Em novembro de 2023, 109 reféns foram libertados por meio de negociações durante um cessar-fogo temporário, entre os dias 27 e 30 daquele mês. Outras oito pessoas foram resgatadas pelas forças israelenses, que também recuperaram os corpos de 40 reféns em Gaza.
Uma nova trégua, mediada por Egito, Catar e Estados Unidos, teve início em 19 de janeiro de 2025. Na primeira fase, o Hamas libertou 33 reféns israelenses, dos quais 25 estavam vivos, em troca de centenas de prisioneiros palestinos. A segunda fase do acordo, no entanto, ainda não entrou em vigor.
Para o porta-voz das FDI, a solução para o conflito depende de ações do Hamas. “Essa guerra poderia terminar hoje”, afirmou Rozenszajn. “Basta o Hamas devolver todos os reféns que tirou de suas camas e de uma festa e largar suas armas e seu desejo de eliminar Israel do mapa.”