A Justiça do Rio Grande do Sul revogou a prisão preventiva de um homem suspeito de envolvimento em um suposto plano de ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, realizado em 3 de maio, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A decisão foi proferida pelo juiz plantonista Jaime Freitas da Silva, que atendeu a um pedido da defesa.
Segundo o magistrado, o homem não é investigado formalmente pela Justiça do Rio de Janeiro como participante direto da tentativa de atentado. O nome do suspeito teria surgido após a identificação de seu endereço IP, supostamente utilizado pelo mentor do plano. Um relatório do Núcleo de Inteligência do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) apontou a possibilidade de clonagem do IP, o que reforçou o argumento da defesa.
No dia seguinte ao evento, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) e o Ministério da Justiça anunciaram que haviam frustrado um ataque a bomba. Na ocasião, foram detidos o suposto líder do grupo responsável e um adolescente.
O juiz destacou que a decisão não exclui a possibilidade de responsabilização futura do suspeito, já que as investigações continuam em curso no Rio de Janeiro. Além da suspeita de envolvimento no plano, o homem foi autuado por porte ilegal de armas de fogo, crime cuja pena varia entre um e três anos de prisão, além de multa.
Mesmo diante da possibilidade de uma das armas estar com numeração suprimida, o magistrado considerou válida a revogação da prisão preventiva, observando que o acusado não possui antecedentes criminais. Ele também destacou que, pela natureza da infração e da pena prevista, o réu se enquadra nas condições para um acordo de não persecução penal ou suspensão condicional do processo.