O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) dos Estados Unidos concluiu em seu relatório final que a falha de comunicação da tripulação foi a provável causa do estranho “mergulho” do Boeing 777 da United Airlines em direção ao oceano, um minuto após a decolagem no Havaí em dezembro do ano anterior. O relatório detalhou que os fatores contribuintes foram a “falha da tripulação de voo em gerenciar a trajetória de voo vertical, a velocidade e a atitude de inclinação do avião”, especificamente associados a uma “falha de comunicação sobre o ajuste do flap” durante a subida inicial.
A comunicação incorreta na cabine girou em torno dos flaps, dispositivos integrados na asa que auxiliam na sustentação do avião. O copiloto mal interpretou a solicitação do comandante de ajustar os flaps para “15”, entendendo-a como “5” em vez disso. O relatório notou que os pilotos receberam um alerta do sistema de proximidade do solo instruindo-os a “puxar para cima”. Em resposta, o comandante aumentou a potência para retomar a subida.
Na sequência desta quase catástrofe, a United Airlines fez alterações significativas em seu treinamento de operações. De agora em diante, haverá um foco renovado no gerenciamento de rota de voo, e um módulo de treinamento foi alterado para abordar especificamente esse tipo de incidente. A United Airlines também lançou uma campanha de conscientização no centro de treinamento para enfatizar a importância de uma comunicação clara e precisa durante o voo.