Em uma recente sessão da 6ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o advogado Éder Siqueira chamou a atenção ao quebrar o protocolo e começar sua sustentação oral com uma confissão pessoal. Com sinceridade e coragem, Siqueira alertou aos ministros presentes sobre sua gagueira, frisando que a condição poderia ficar mais acentuada em momentos de tensão com casos de “flagrante injustiça”. A abertura fora do comum foi acolhida com compreensão pela presidente da sessão, a ministra Laurita Vaz, que assegurou ao advogado que sua situação era “bem compreensível”.
Além de revelar seu desafio pessoal, Siqueira também demonstrou gratidão pelo ministro Sebastião Reis, relator do caso em pauta. Ele agradeceu pela paciência do ministro, reconhecendo que sua gagueira poderia ter exigido mais tempo de atenção em sua visita ao gabinete de Reis. O ministro, por sua vez, respondeu com cordialidade, encorajando Siqueira a não se preocupar e assegurando que ele estava apenas cumprindo seu papel.
A interação se concluiu com a ministra Laurita Vaz notando a melhora na fala de Siqueira, comentando que ele havia se acalmado e estava se saindo bem. Siqueira, por sua vez, destacou seu apreço pelas sessões do tribunal, declarando que havia assistido a todas elas vinte vezes e que adorava ouvir os ministros. O episódio ilustra a importância da empatia e do respeito à individualidade no âmbito do sistema judiciário.