Defesa de Bolsonaro nega apropriação de bens públicos e oferece sigilo bancário

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu às notícias da operação da Polícia Federal (PF) que investiga um suposto esquema de desvio e venda de presentes de autoridades estrangeiras no período de sua administração. Em declaração divulgada na sexta-feira (11), a equipe de advogados de Bolsonaro reforçou que o ex-presidente “jamais se apropriou ou desviou” bens públicos e manifestou disposição em colocar a movimentação bancária de Bolsonaro à disposição da Justiça.

Os rumores da operação, batizada de Lucas 12:2, surgiram após relatos da mídia indicando que a PF solicitará à Justiça a quebra de sigilo bancário e telefônico de Bolsonaro. Essa investida é motivada por suspeitas de atividades ilícitas envolvendo presentes de governos estrangeiros durante o mandato do ex-presidente. Os presentes, de acordo com as regras do Tribunal de Contas da União (TCU), deveriam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável por catalogar e proteger esses itens.

Os advogados Paulo Amador Bueno e Daniel Tesser, representantes da defesa, salientaram que Bolsonaro tomou a iniciativa de solicitar ao TCU o depósito dos presentes recebidos durante seu mandato. Também foi levantada a divulgação de um áudio pela Polícia Federal envolvendo Mauro Cid, ex-assistente de Bolsonaro, que mencionava um valor de US$ 25 mil “possivelmente pertencentes” ao ex-presidente. Essa afirmação reforça o comprometimento da defesa em invalidar as suspeitas de desvio de bens públicos.