O primeiro turno da eleição presidencial na Argentina teve a maior abstenção da história do país desde a retomada da democracia, há 40 anos.
De acordo com a Câmara Nacional Eleitoral da Argentina, apenas 74% dos eleitores aptos a votar compareceram às urnas. Isso representa uma abstenção de 26%, o maior número desde 2007.
Em 2019, a participação na eleição presidencial foi de 80%. Nas primárias de agosto deste ano, a abstenção foi de 69%.
A abstenção recorde nas eleições presidenciais argentinas é um sinal de descontentamento da população com o cenário político do país.
O país enfrenta uma grave crise econômica, com inflação alta e desemprego em alta. Além disso, a polarização política entre o peronismo e a oposição é cada vez mais intensa.
A abstenção também pode ser um reflexo da falta de confiança da população nas instituições democráticas.
Os dois candidatos mais votados no primeiro turno foram o peronista Alberto Fernández, do Frente de Todos, com 36,56% dos votos, e o liberal Javier Milei, da Liberdade Avanza, com 30,05%.
O segundo turno da eleição presidencial será realizado em 19 de novembro.