Os argentinos vão às urnas neste domingo, 22, para escolher o próximo presidente do país. A eleição é considerada um fechamento de um ciclo político e socioeconômico de 20 anos, marcado pelo domínio do peronismo.
O país enfrenta uma inflação de 12,4% mensal e 140% anual, os piores índices desde a hiperinflação da virada de 1980 a 1990. A atual crise econômica mostra o desgaste do atual modelo de produção, que é centrado num Estado inflado, dependente da exportação de commodities, e teve seu auge no governo de Néstor Kirchner, entre 2003 e 2007.
Mais importante, estas eleições são marcadas pelo surgimento de uma nova força política encabeçada pelo libertário Javier Milei, que venceu as primárias, o pré-primeiro turno, com surpreendentes 30% dos votos, em agosto.
Milei defende um modelo econômico de livre mercado e uma redução radical do Estado. Ele é visto como um representante do descontentamento popular com a política tradicional argentina.
O principal adversário de Milei no primeiro turno é o peronista Alberto Fernández, que busca a reeleição. Fernández enfrenta a rejeição de parte do eleitorado peronista, que o culpa pela atual crise econômica.
Outros candidatos no primeiro turno são o ex-presidente Mauricio Macri, do partido Juntos por el Cambio, e o ex-ministro da Economia Ricardo López Murphy.
O segundo turno, caso necessário, será realizado em 19 de novembro.