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Irã condena jornalistas por noticiar morte de jovem que foi detida por não usar hijab

Irã condena jornalistas por noticiar morte de jovem que foi detida por não usar hijab

Um tribunal iraniano condenou as jornalistas Niloofar Hamedi e Elahe Mohammadi à prisão por noticiar a morte de Mahsa Amini, jovem curda que foi detida por usar “trajes impróprios”.

Mohammadi foi condenada a seis anos de prisão por “colaboração” com os Estados Unidos, além de cinco anos de prisão por “conspiração” contra a segurança do Irã e um ano por propaganda contra a República Islâmica.

Já a fotojornalista Niloofar Hamedi foi condenada a sete anos de prisão por “colaboração” com os EUA, cinco anos por “conspiração” contra a segurança do país.

A condenação das jornalistas é mais um exemplo da repressão do regime iraniano à liberdade de expressão. O Irã é um país com um histórico de censura e perseguição a jornalistas e ativistas que criticam o governo.

A morte de Mahsa Amini, que aconteceu em abril de 2023, provocou um movimento de protesto no Irã contra a obrigatoriedade do hijab. O regime iraniano reagiu com repressão, deteve centenas de pessoas e anunciou a instalação de câmeras e outros “meios inteligentes” para evitar “conflitos” em razão da aplicação da lei que obriga o uso do hijab.

A condenação das jornalistas Niloofar Hamedi e Elahe Mohammadi é um sinal de que o regime iraniano não está disposto a tolerar qualquer crítica à sua política de repressão à liberdade de expressão.