A partir de maio, os consumidores brasileiros passarão a pagar mais caro pela energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a aplicação da bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, encerrando um ciclo de cinco meses de bandeira verde.
A mudança foi motivada pelo fim do período chuvoso e início da estação seca, o que compromete a capacidade de geração das hidrelétricas. Segundo a Aneel, a previsão de chuvas e vazões abaixo da média nos próximos meses indica a necessidade de maior acionamento das usinas termelétricas, que têm custo mais elevado.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para indicar as condições de geração de energia no país e sinalizar variações no custo para o consumidor. A bandeira verde indica condições favoráveis, sem cobrança adicional. Já a bandeira amarela, agora em vigor, representa uma escassez hídrica moderada. Em casos mais severos, aplicam-se as bandeiras vermelhas de patamar 1 ou 2, com acréscimos ainda mais altos.
Durante o período de vigência da bandeira amarela, uma residência que consuma 200 kWh por mês terá um custo adicional de R$ 3,66 na fatura. O valor reflete a estratégia da Aneel de repassar aos consumidores os custos crescentes da geração elétrica em momentos de escassez de recursos hídricos.